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terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Idolos do passado - GOLEIRO MÃO DE ONÇA



O Lendário goleiro Mão de Onça do nosso querido Marília Atlético Clube, na rara foto acima , defendendo o time do Botafogo de Ribeirão Preto,  De pé: Nelsi, Manoel, Júlio Amaral, Roberto, Eraldo e Mão de Onça; agachados: Afrânio Riul, Paraguai, Geraldão, Alexandre Bueno e Varlei.



Goleiros Negros : Raridade na década de 60/70 

Raros eram os goleiros negros. Exemplos marcantes se resumiram a Barbosa, Veludo, Barbosinha, Mão de Onça. Dimas Monteiro, Tobias, Jairo e Ubirajara Alcântara. Como a coluna não é infalível, de certo houve registro de nomes não citados.

Quanto a Barbosa, embora fosse um goleiro de inegáveis virtudes no Vasco, ficou marcado no futebol pelo gol que tomou do atacante uruguaio Ghiggia, na Copa do Mundo de 1950, na derrota brasileira na final por 2 a 1, diante de 174 mil pessoas no Estádio do Maracanã. Barbosa morreu em 2000.

Barbosinha esquentou o banco de reservas do Timão até 1967, quando foi fixado como titular. Um ano depois, taxado de frangueiro por torcedores, teve vida encurtada no Parque São Jorge, e nem por isso o Corinthians deixou de apostar em goleiros negros. Diferentemente dele, Tobias e posteriormente Jairo foram bem sucedidos na década de 70. Tobias, um mulato de cabelos encaracolados, marcou época no time de 1974 a 1980, após passagens recomendáveis no interior paulista por Noroeste e Guarani.

Para não quebrar a tradição, cartolas do Corinthians apostaram no baixinho César, que veio de Maceió. De qualidades técnicas discutíveis ou não, ele foi bicampeão paulista no Timão - 1982/83 - no período da democracia corintiana, ocasião em que Orlando já havia se despedido do futebol, e só restaram lembranças do período de 11 anos de Portuguesa, de 1963 a 1974.

Na época, os goleiros negros mais conhecidos eram Mão de Onça, do Juventus; Dimas Monteiro, do Guarani; e Ubirajara Alcântara, de Flamengo e Botafogo do Rio, eleito pelo júri do programa de televisão Discoteca do Chacrinha o negro mais bonito do Brasil, em 1971. Ubirajara também entrou para a história do futebol como o primeiro goleiro a marcar gol. Foi numa partida contra a Portuguesa carioca, quando chutou a bola de sua área com objetivo que atingisse o campo adversário. Empurrada pelo forte vento, a bola traiu o goleiro da lusinha.

Antes disso, havia registro de gol de goleiro em circunstância diferente. Em 1964, numa excursão da Portuguesa de Desportos pelos Estados Unidos, após o nono gol contra o Massachusetts, o goleiro Félix foi jogar de centroavante para permitir a entrada de Orlando. E curiosamente ele marcou o décimo gol luso, numa partida que terminou 12 a 1.

De 1964 a 1968, Félix e Orlando se revezaram no gol da Portuguesa. Havia uma cultura no futebol em que técnicos procediam alternância na escalação de goleiros a cada partida, quando o nível técnico de ambos eram semelhantes. Assim, Orlando só foi fixado como titular da Lusa com a transferência de Félix para o Fluminense, cuja trajetória culminou com ingresso na Seleção Brasileira e conquista do tricampeonato mundial na Copa de 1970, no México. (Crédito :Futnet.)

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