Nascido em Mococa no dia 27 de maio de 1934, Sebastião de Souza foi batizado de Oracy quando passou a jogar futebol. Começou a carreira no Renner de sua cidade, time montado por Sidney dos Santos na década de 50. Defendeu também Itapetininguense, Comercial de Ribeirão Preto, Marília, Radium de Mococa, XV de Piracicaba, além de ter passado brevemente pelo futebol mexicano. Ao pendurar as chuteiras, conseguiu emprego na prefeitura de Mococa, onde mora até hoje. Atualmente está aposentado, mas ainda trabalha com polimento de carros.
Em 1951, quando estava no Renner, viajou a São Paulo a convite de Liminha, então atacante do Palmeiras. O amigo lhe arrumou a chance de participar de um teste no clube. Oracy, no entanto, não foi bem sucedido no Parque Antártica. Voltou ao interior paulista, onde fez carreira em várias cidades. No entanto, é do XV de Piracicaba que guarda as melhores histórias. “Tive a felicidade de conhecer no clube o Coutinho, que é de Piracicaba. Conversamos muito. Quando ele foi para o Santos, onde brilhou como um dos maiores atacantes de todos os tempos, me convidou para segui-lo. Mas preferi ficar no XV, que havia me prometido um contrato.”
Foram três anos vestindo a camisa alvinegra até surgir a chance de uma transferência para o Guadalajara, do México. “Fiquei pouco tempo por lá porque um brasileiro que jogava comigo arrumou confusão em uma boate. Chegou até a bater em uma mulher. Tivemos que voltar às pressas para São Paulo a fim de evitar complicações com a polícia local”.
Por Marcelo Rozenberg
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