Odirlei
Odirlei Magno, nascido em Curitiba no dia 23 de março de 1952, era uma das peças fundamentais na memorável equipe da Ponte Preta de 1977. Sua ausência na terceira partida da decisão contra o Corinthians é até hoje apontada como um dos fatores para que a Macaca não saísse do Morumbi com o título paulista, mais que merecido pela campanha e seus atletas.
Odirlei começou sua carreira no Pinheiros, antiga equipe paranaense. Em 1976 chegou à Ponte Preta e só saiu em 1982. Sobre a segunda partida da final de 1977, o lateral tem dúvidas sobre o lance em que levou o terceiro cartão amarelo e que o tirou da finalíssima.
“Eu não me recordo muito bem do lance. Lembro que a bola estava para sair do campo e a chutei de vez para fora. Tem gente que fala que a bola foi para a arquibancada, outros falam que foi um chutinho. Não sei direito. Para mim, foi apenas um toque. Mas ele (Romualdo) veio em minha direção falando: ‘Você está ferrado, vai ficar de fora do terceiro jogo’. Ajoelhei e implorei que não fizesse aquilo, mas não tinha jeito, já estava tudo combinado. Se não estivesse, ele teria que mostrar o cartão para o Jair Picerni (lateral-direito), que chutou a bola três vezes para fora do campo, mas o Jair não estava pendurado, diferente de mim”, conta Odirlei.
Em 1979, Odirlei foi novamente vice estadual com a Macaca e voltaria a ficar no quase em 1981, também na Ponte. Em 1982 se transferiu para a Portuguesa, onde ficaria até 1984, antes de ir para o Bangu e ser vice-campeão Brasileiro de 1985. Antes de encerrar a carreira, passou por Santa Cruz, União Barbarense, Comercial, Atlético de Três Corações, Velo Clube, Marília e Linense.
Depois de parar de jogar, Odirlei não conseguiu se afastar dos gramados. Após um período de dificuldades, quando chegou a trabalhar como entregador de água, o ex-lateral começou a ensinar o que sabia de melhor em escolinhas de futebol em Campinas. Hoje, o ídolo da Ponte Preta ajuda a surgir novos craques para o futuro da Macaca.
