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quinta-feira, 5 de março de 2015

1979 - Campeão da Taça São Paulo de Futebol Juvenil

É campeão...é campeão: Maquinho campeão brasileiro em cima do Fluminense 2 x 1.







sexta-feira, 5 de julho de 2013

Maquinho 1979 - Campeão da Taça São Paulo de Futebol Juniors ( 2 x 1 ) Fluminense do RJ.

Walter Zaparolli(Técnico), Luiz Andrade, Júlio, Amadeu, Fernando, Marquinhos, Deleo e Sr. Albino;
Dino(mascote), Luís Silvio, Roberto, Toninho Vieira, Jair e Carlos Alberto Borges.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Maquinho : Campeão Brasileiro de futebol juvenil de 1979


Mais uma vez o Brasil se curva ante o interior. Um caipira fez sua festa na Capital : o Marília venceu o Fluminense do Rio e conquistou a Taça São Paulo de juvenis. Seguindo os mesmos caminhos do Guarani, campeão brasileiro, o MAC começa a trabalhar pela base e confirma a nova força, que vem do interior.
Ninguém ousaria dizer que a XI Taça São Paulo de futebol juvenil teve um final óbvio. Muito pelo contrário: nem o Marília nem o Fluminense poderiam ser considerados favoritos para uma decisão, antes do início da competição.
Sábado, porém, lá estavam as duas equipes , no Canindé, para a disputa do título. Era justo. Como foi justa a vitória por 2 a 1 do time do interior paulista, que soube praticar um futebol mais de acordo com as condições do campo - pesado e cheio de poças.
Se antes do início da Taça não era apontado como um time suficientemente bom para chegar à final, na verdade , o Fluminense entrava em campo na tarde de sábado como favorito. Afinal, nas suas cinco partidas anteriores o time carioca vencera quatro, empatando apenas uma.
já o Marília não apresentava um retrospecto tão brilhante: ganhara três e empatara duas. Na semifinal, depois de um 0 a 0 em 110 minutos de bola correndo, conseguiu dobrar o juventus na cobrança de pênaltis.
Foi, sem dúvida, uma vitória em que não faltou uma certa dose de dramaticidade, principalmente porque seu melhor jogador, o ponta-direita luís Sílvio, sofrera uma contusão violenta no tornozelo direito e corria o risco de não jogar a final.

Até a chuva ajudou

Mas, além do jogador ter conseguido se recuperar, a chuva começou a cair forte sobre São Paulo, na manhã de sábado. Pior para o Fluminense, que tinha em seu futebol de toques curtos e rápidos uma arma até então mortal para os adversários.
E foi assim que tentou jogar. Mas as poças acabavam prejudicando a evolução das jogadas, facilitando tudo para os garotos paulistas que, astutamente, procuraram atacar sempre através de passes longos. E logo aos quatro minutos conseguiam seu primeiro gol, por intermédio de Luís Sílvio.
A equipe carioca ainda empataria nesta etapa, com um belo gol de Cleber. A verdade, porém, é que a partida estava mais para o Marília. Só se o Fluminense conseguisse mudar todo o seu esquema, o que não seria fácil.
Veio o segundo tempo, e o técnico paulista colocou o forte centroavante Sérgio no lugar do armador Carlos Alberto. A tática de contra-ataques longos, que já vinha dando certo, passou a ser quase perfeita. O gol da vitória aconteceu aos 8 minutos e, a partir daí, não foi tão difícil assegurar o título.
Para um final, com um gramado pesado, foi um bom jogo, com momentos de alto nível técnico e sempre disputado com muita garra. Na verdade, essa partida poderia muito bem ser considerada uma síntese de toda a XI Taça São Paulo de futebol juvenil que, se não alcançou um nível excepcional, também não decepcionou.
E haveria ótimas desculpas para um baixo nível técnico. Afinal o torneio foi prejudicado pela realização simultânea do Campeonato Brasileiro de Juvenis e do Torneio Sul-Americano de Juniors no Uruguai. As equipes disputaram a taça bastante desfalcadas. O Inter de Porto Alegre, por exemplo, veio a São Paulo sem nove titulares e fez a campanha que podia.
O próprio Marília estava sem três jogadores e, por isso, não esperava que chegasse a campeão, embora fosse o vice-campeão paulista.
Apesar de tudo, o nível técnico da Taça foi bom. Em seus dez anos de existência, essa competição viu nascer jogadores de primeira água, como Batista, Falcão, Careca, Amaral, Paulo isidoro, Carlos, Gilmar, Cláudio Adão, Adílio, Enéias, Joãozinho, Vladimir, etc...
E, este ano, o torneio também voltou a apresentar garotos de grande potencial. E o mais gratificante, ocupando posições em que o futebol brasileiro está carente. Assim, quem viu Jorge Luís(Portuguesa de Desportos) e Jair (Marília) buscando a linha de fundo pela ponta-esquerda com dribles, velocidades e ousadia não podia deixar de ficar esperançoso.
Além dos dois, uma dúzia de jogadores conseguiu um merecido destaque: Nélson, central do Juventus; Edevaldo e Zezinho, laterais do Flu; Cléber, armador do Flu; Rodolfo, armador do Corínthians; Marcos, quarto-zagueiro do Marília; Neneca, goleiro do Cruzeiro; Luís Muller, centroavante do São Paulo; Osmir, ponta de lança do Palmeiras; Luís Sílvio, ponta direita do Marília; Renato, zagueiro do São Paulo; Léo, volante do Santos.
- Ví pelo menos uns nove jogadores de ótimo nível, que indicarei para os clubes do interior, afirmava João Avelino, técnico do São Bento de Sorocaba, que esta semana deverá estar trabalhando ao lado de Osvaldo Brandão, na Portuguesa.
Não há dúvida de que ele sabe das coisas. E de ano para ano, a tendência da Taça São Paulo é melhorar. Já no próximo ano abrirá ainda mais seus horizontes, com o convite que passará a ser feito aos campeões argentino, uruguaio, paraguaio e , provavelmente , peruano. Além disso, os campeões da Bahia, Pernambuco, Goiás, Paraná e Rio Grande do norte também participarão da XII Taça São Paulo.
Sem dúvida, uma muito boa. Quase um sul-americano de clubes. Mas enquanto 1980 não chega, Marília fez a festa. No domingo, a delegação era recebida com um carnaval municipal. E, de fato , não era para menos. Mais um titulo nacional ia para o interior paulista.
Foi lembrado que alguns dos melhores times juvenis do Brasil não participaram da competição, como é o caso do botafogo do Rio. Pedro pavão, presidente do Marília, aceitou de cara o desafio para uma partida tira-teima com o alvinegro carioca, em data e local a serem marcados.
- Topo qualquer adversário. Só quero um pouco de tempo para que meus jogadores que estão no Uruguai voltem e o time fique completo.
Mas o título de campeão brasileiro de futebol juvenil de 79 é do Maquinho com todos os méritos. Ou como disse a manchete de um matutino paulista : Vai ter bom time juvenil assim lá em Marília.
Sergio Martins - revista Placar 457 de 26/01/1979

Do Tobogã :
Este torcedor maqueano teve a felicidade juntamente com o meu primo Saint'Clair, de testemunhar a vitória e a conquista do título em cima do Fluminense. A epopéia começou na quinta-feira a noite com o embarque na estação ferroviária de Marília para São Paulo, juntamente com duas enormes bandeiras da TUGATI (Torcida Uniformizada Guerreiros do Tigre ). As dificuldades começaram em embarcá-las no compartimento de depósito do trem, os "conduites" eram enormes... mas,  tudo ajeitado,  rumo a São Paulo. Chegamos na sexta-feira pela manhã, era minha primeira vez na cidade de São Paulo e,  de taxi (com as 2 bandeiras em cima), nos dirigimos para o centro de São Paulo,  para ficar na casa de um amigo. Mais um obstáculo, o apartamento era no 7. andar e, como maqueano é um eterno sofredor, o próximo desafio seria em subir 7 andares pelas escadas com aqueles mastros enormes de plástico duro. Valeu a pena, no sábado lá estávamos no metrô (podem acreditar...) em direção a Estação Pari e, com ajuda solidária de outros torcedores (corinthianos, palmeirenses, são paulinos) conseguimos mais uma vez embarcar as "danadas" no metrô (bandeiras).
Chegamos no Canindé por volta das 11 horas embaixo de um delúvio ..., totalmente ensopados a espera da abertura dos portões de acesso ao estádio. Fomos socorridos pela equipe da Rádio Dirceu que passava pelo local (Nelson Moura) e autorizados a entrar com eles . Menos é claro,  os conduítes que foram "confiscados" pela PM, em razão das últimas brigas. Tive a honra de compartilhar na cabine da Rádio Dirceu, com feras do rádio paulista e brasileiro, principalmente, o nosso Osmar Santos que,  veio nos abraçar e com direito até a  entrevistas....
15 minutos para começar o jogo e já na geral, vibrando e cantando,  no final explodindo o grito de é  : Campeão. Minha idade neste dia : 17 anos. Que saudades.

Ficha Técnica :
20/01/1979
Marília 2 x 1 Fluminense.
Local : Canindé
Juíz : Edvaldo Pereira da Silva.
Renda : portões abertos.
Gols : Luís Sílvio 5 e Cléber 40 do 1. tempo; Jair 8. do 2. tempo..
cartão amarelo : Luís Andrade, Joel, Mário Jorge e Luisinho.
Marília : Luís Andrade, Fernando, Júlio, Marcos , Déleo, Amadeu, Vieira, Carlos Alberto (Sergio) , Luís Silvio, Roberto e Jair.
Fluminense: Luís, Edevaldo, Willer, jorge Luís, Zézinho, Joel (Edson), Cléber, Marcus, Mário jorge, Luisinho e Almir (César).

Principais artilheiros : Luisinho (Flu) e Roberto (Mar) 4; Luis Muller (SP) e Edmar (Bra) 3.

Mais fotos da conquista (cedidas pelo jornalista Jorge Luiz do blog jogosdomariliaac.blogspot.com)