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sábado, 8 de outubro de 2011

Mestre Pupo Gimenez - uma história de vida no futebol brasileiro

Em pé da esquerda para direita: Jorginho Putinati, Paulo Cézar, Márcio Rossini, Marinho, Mazinho, Pereira e Pupo Gimenez. Agachados: Polaco, Edinho, Cacá, Sérgio e Reinaldo.
Reinaldo Rossini, Mestre Pupo Gimenez e Jorginho



Na semana passada, tivemos a oportunidade de encontrar na cidade de Marília o esportista Antonio Maria Pupo Gimenez. Foi uma visita pra lá de agradável, e juntamente com o Jorginho Putinati e o Reinaldo “Polaco” Rossini (foto), batemos um longo papo, evidentemente sobre futebol.
Para quem não sabe, Pupo Gimenez foi nos últimos tempos, um dos maiores descobridores de jogadores para o futebol. Um trabalho de fôlego, que exige dedicação, paciência, conhecimento, e principalmente “faro” para ver se o garoto vingará na carreira. Além do que sempre defendeu a disciplina e o trabalho duro, em especial nos fundamentos. Este foi o trabalho de Pupo Gimenes nos últimos 50 anos, também uma verdadeira enciclopédia.
O futebol brasileiro tem muito a agradecer a este dedicado esportista, nascido na vizinha cidade de Presidente Alves. Tudo começou na década de 50, onde Pupo Gimenez começou a treinar as equipes de base do São Bento (Marília). Antes dividia o futebol dirigindo a Esportiva Cascata nos finais de semana, com o trabalho nas Lojas Mesbla. No ano de 1963, teve a primeira experiência no futebol profissional, treinando o Clube Atlético Ourinhense, onde se destacava o zagueiro Agamenon, atualmente radicado em nossa cidade. Em seguida foi treinar o União Bandeirantes, realizando um grande trabalho a frente da equipe paranaense.
Isto valeu o convite para coordenar as equipes de base do Marília, nos anos 70, e revelou muitos jogadores, dentre os quais Márcio Rossini (Santos, Bangu), Carlos Alberto Borges (Palmeiras), Sérgio Nery (Guarani), Paulo César Borges (Cruzeiro, Flamengo) e Jorginho Putinati (Palmeiras), a quem considera tecnicamente superior a Kaká (Real Madri).
Sob o comando do técnico Walter Zaparolli, o Maquinho conquistou a Taça São Paulo de Juniores de 1979. Para a formação desta equipe, Pupo Gimenez se recorda com saudosismo que “pegou” o seu Fusca, e foi até a barranca do rio, na divisão do Estado do Mato Grosso. Retornou passando nas cidades que então compunham a Alta Paulista. Observa um jogador ali, outro lá, e já via suas qualidades. Veio até Garça, e levou para aquela equipe o jovem lateral do Frigus Reinaldo “Polaco” Rossini. O Maquinho se tornou um dos melhores times de todo o interior paulista, vencendo, além da Taça São Paulo de juniores, os jogos regionais e abertos do interior.
Já consagrado para o futebol foi treinar o Guarany (onde ficou por sete anos), e conquistou a Taça SP de 1994. No ano de 1995 foi para o Corinthians, vencendo novamente mais uma edição da Taça SP de juniores.
Com esta conquista, acabou sendo convidado para dirigir a seleção brasileira sub-20 no Pan-Americano de Mar del Plata (1995). Nas quartas de final, o Brasil foi eliminado por Honduras nos pênaltis. Depois retornou para o São Paulo e continuou descobrindo jogadores, trabalhando incansavelmente por oito anos, até que resolveu “pendurar as chuteiras” há cerca de dois anos.
Dentre os principais treinadores, Pupo Gimenez trabalhou com Vanderlei Luxemburgo, Carlos Alberto Parreira, Carlos Alberto Silva, Cilinho, Candinho e Ênio Andrade. Emocionado, diz que ajudou a revelar alguns craques, como Evair, João Paulo, Zetti, Vágner Mancini, Gil Baiano, Martinez, Mauro Silva, Cafu, Antônio Carlos Zago, Doriva, e Neto, por quem o treinador tem um carinho todo especial.
Recordamos o Maquinho, campeão paulista do interior (1977/78) – Em pé da esquerda para direita: Jorginho Putinati, Paulo Cézar, Márcio Rossini, Marinho, Mazinho, Pereira e Pupo Gimenez. Agachados: Polaco, Edinho, Cacá, Sérgio e Reinaldo.

Créditos: http://www.jornalcomarca.com.br/?pagina=variedades&id_materia=155079

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