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quarta-feira, 11 de abril de 2012

Há 30 anos o futebol perdia Rui Lima.


Por: Acervo Severino Filho 
Rui Lima no início de sua carreira
(Severino Filho, 09/04/2012, às 09:33:20)
Entre 1977 e 1979, quem acompanhou de perto o futebol profissionl piauiense, teve a oportunidade de conhecer um dos mais completos craques que ele produziu em toda a sua história. Nos primeiros jogos, era apenas Rui. Por iniciativa do locutor esportivo Dídimo de Castro, algumas semanas depois o sobrenome Lima foi acrescido ao nome de guerra. E Rui Lima, apesar do pouco tempo por aqui, fez história. A ponto de figurar entre os três mais votados de sua posição na Seleção Piauiense de Todos os Tempos, escolhida em votação aberta publicada no jornal O Dia.

Nascido a 10 de janeiro de 1959, em Teresina (PI), Joaquim Rui Ferreira Lima jogou em várias equipes amadoras antes de ser descoberto para o futebol profissional. O Paraibinha e o Colorado foram as principais. Do Colorado, onde tornou-se um grande destaque, passou para o time principal do Piauí Esporte Clube, fazendo sua estréia no Campeonato Piauiense de 1977. A partir de então, Rui Lima passou a figurar como uma grande atração a cada jogo do time rubroanil.

Uma prova disso é que, já no seu primeiro ano como profissional, foi cedido ao Flamengom, por empréstimo, para a disputa do Campeonato Brasileiro da Série A. No retorno ao Piauí, ao lado do atacante Cacá, formou uma dupla de área infernal, capaz de demolir qualquer sistema defensivo. Não demorou para ambos serem negociados com a Portuguesa de Desportos. Na Lusa do Canindé, fez grandes atuações, como no clássico contra o Santos, pelo Campeonato Paulista daquele mesmo ano (1979), quando marcou o gol do empate de sua equipe.

Mas a dupla piauiense não ficou muito tempo no Canindé. A próxima camisa de Rui Lima e Cacá seria a azul do Marília, equipe pela qual disputaram duas temporadas no futebol paulista. No início de 1982, houve a separação da dupla. Cacá continuou no Marília e Rui foi contratado pelo Juventus. A expectativa era que Rui Lima, de volta à capital paulista, também retornasse rapidamente a um dos grandes clubes do futebol bandeirante. Mas não houve tempo para isso. Rui jogou apenas um amistoso com a camisa do Juventus, quando veio rever parentes por ocasião da Semana Santa.

Depois de passar dois dias em Teresina, ele resolveu viajar para o litoral na quinta-feira, 8 de abril. No meio do caminho, uma parada em Piripiri, mais precisamente no povoado Brasileira (hoje emancipado). De lá, o veículo em que viajava, um chevette, seguiu para Parnaíba. Na Volta da Jurema, próximo a Buriti dos Lopes, já na madrugada do dia 09, aconteceu o acidente, com o carro capotando e deixando Rui bastante ferido. Com ele viajavam um dos irmãos e Jehu Sérvio, um amigo de longas datas. Bastante ferido, Rui foi levado para Parnaíba.





Ao lado, Rui Lima com o uniforme do Marília Atlético Clube. Durante dois anos, ele foi o maior ídolo do time paulista. Vendido ao Juventus, da capital paulista, em 1982, jogou apenas um amistoso pelo novo tme, vindo a falecer no dia 09 de abril de 1982, na cidade de Parnaíba, com apenas 23 anos de idade.







No hospital, foi submetido a cirurgia por volta de 11 horas da manhã do dia 09 de abril de 1982. Como havia perdido muito sangue, familiares recomendaram à equipe médica, chefiada pelo então médico Mão Santa (que mais tarde entrou para a política e governou o Piauí), a reposição de sangue no organismo de Rui, procedimento que não foi adotado. Poucas horas depois, ele estava morto. A causa mortis? Politraumatismo e hemorragia interna. Chegava ao fim a vida de um atleta no sentido mais completo da palavra. Um atleta quase perfeito.

A ponto de conquistar quatro medalhas de ouro em um único dia, por ocasião dos Jogos Escolares, em Teresina, quando aluno da Escola Técnica Federal do Piauí (hoje IFPI). Pela manhã, foi campeão do vôlei e no futebol de salão. À tarde, ganhou o torneio de handebol e a corrida de 800 metros no Complexo Esportivo do Pirajá. Atleta que, mesmo já profissional do futebol, estabeleceu o recorde de gols em uma única partida de handebol nos Jogos Universitários Brasileiros, em Curitiba. Recorde que perdurou por cerca de dez anos. Morria o atleta, ficava o modelo de esportista.

Em sua homenagem, foi batizado de Rui Lima o ginásio poliesportivo inaugurado pela Prefeitura de Teresina, no bairro Bela Vista. Uma rua, no bairro Acarape, também leva o seu nome. E o troféu ao destaque do Campeonato Piauiense, desde 1986, resgata sua passagem pelo futebol piauiense.Fonte: acessepiaui.com.br / coluna do Buim

Fotos:



Vídeo com o depoimento do Cacá: fonte TV Clube
   

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